Design Emocional: O que é isso?

Em poucas palavras podemos definir o Design Emocional como a busca por produzir objetos com características físicas que despertem emoções em um indivíduo e praticamente o “obriguem” a comprá-los.
A descoberta de que a maioria dos indivíduos compra pelo que lhes vai na emoção (e não na razão) não é algo novo. Novo talvez sejam as ferramentas utilizadas pelos “Designer Thinkers” para tornar os produtos quase irresistíveis.
De acordo com Jordan (2000), ao comprar um produto buscamos mais do que adquirir as suas funcionalidades; na verdade buscamos uma recompensa (um benefício), que pode ser emocional, pragmática ou simplesmente hedonística (que cause prazer).
Por isso a importância do Design Emocional está no fato de ele ser capaz de dar a um produto determinadas características, como a visceralidade (prazer causado pelo seu aspecto físico) e o desenho comportamental (que atrai pelo que o produto pode fazer).
Mas também os caracteres reflexivos, que atraem pelo que o produto passa a representar como símbolo.
Os caminhos do Design Emocional
Como dissemos, a iniciativa de criar um produto tendo em vista despertar uma emoção no indivíduo não é o que possamos chamar de novidade.
Mas agora já se sabe que os produtos podem ser produzidos especialmente com esse fim, independentemente das funções que eles possam executar na prática.
E como isso é feito?
Basta fazer com que eles, de imediato, causem sensações como alegria, acolhimento, respeito, surpresa, riso, entre outras sensações que, segundo o professor de Ciência Cognitiva da Universidade da Califórnia, Donald A. Norman, são capazes de “transformar objetos em extensões do próprio ser”.
Para o estudioso, vender pode tornar-se tão somente o simples resultado de uma sensação prazerosa causada em um indivíduo; ao ponto de ele ser capaz de comprar, por exemplo, um carro cheio de defeitos, mas que, ao entrar nele, é como se entrássemos num verdadeiro “parque de diversões sobre rodas”.
Ou então ser capaz de comprar uma faca com um design tão arrojado esteticamente que você simplesmente irá correr para adquirir esse arrojo, mesmo que em nenhum momento fique claro na embalagem que a faca é verdadeiramente afiada, ou que se preste a esse ou àquele fim.
O estímulo à natureza humana
Por isso não demorou para que um grupo de neurocientistas descobrisse, através de um teste realizado com indivíduos comuns, de ambos os sexos e idades diferentes, algo bastante curioso.
Eles descobriram que, ao serem expostos ao logo da Apple, essa exposição afetava regiões dos seus cérebros ligadas a recompensas rápidas – que é uma das principais características dessa chamada Era Digital.
Outros estudiosos concluíram, também, que o sucesso do fusca em muito se deu (ou se dá) pelo seu aspecto físico (Design Visceral), que lembra o de um grande rosto sorridente, com imensos olhos arregalados, e que quase imploram para serem levados para casa.
E todas essas emoções podem ser despertadas com a simples ajuda de um Designer Gráfico, de Interiores ou um Designer Thinker; que serão os profissionais aos quais você dará a desafiadora e atraente missão de criar produtos que despertem emoções em um grupo específico de indivíduos.
E com isso passe a vender mais, fidelize melhor os seus clientes (muitas vezes para toda uma vida) e ofereça uma saborosa experiência na forma de sensações agradáveis em contato com um produto que, de quebra, ainda seja funcional e de alguma forma útil.